domingo, 26 de agosto de 2012

RELATÓRIO - MISSÃO MARYLAND

MISSÃO MARYLAND

Queridos, a seguir compartilho, enfim, anotações da visita ao Estado de Maryland, nos Estados Unidos e da percepção de seu sistema de ensino

Destaco que são percepções pessoais que podem não ser compartilhadas por todos os membros da Missão.

Estava desejosa há muito tempo de escrever a respeito e só agora 

"Ficha Técnica"
  • Estado possui 24 Condados (equivalente aos nossos Municípios);
  • 1450 escolas;
  • 845 mil alunos;
  • 59 mil professores
"Que estrutura é essa?"

Percebi que não há, como aqui, a educação pública federal, a educação pública estadual a educação pública regional, em nosso caso, municipal. Fala-se apenas em educação pública e cada instância de poder tem responsabilidades distintas de forma que, na prática, todos trabalham cooperativamente pelo funcionamento de um sistema único, que claro, por conta da especificidade da liberdade política dos estados americanos será bastante variável de um estado para outro.

Em Maryland a estrutura é a seguinte:

  • Departamento Estadual de Educação - State Department of Education (que equivale à Secretaria de Estado de Educação). Este departamento tem função muito mais deliberativa, definidora de políticas, segundo me pareceu. Ele dá diretrizes pedagógicas, nutricionais, avaliativas, etc.,  à administração Regional, da qual falarei na sequência.  

  • Conselho de Educação - Board of Educaction (equivale às Regionais e/ ou às Secretarias Municipais de Educação - é a Sede Regional, logo cada Condado tem um). O Conselho é quem orienta e acompanha a execução prática das ações nas unidades escolares. Cada Conselho possui equipes multidisciplinares que estão em contato permamente com as unidades. É importante destacar que de Conselho para Conselho, ou seja, de Condado para Condado também há muitas diferenças administrativas e procedimentais. A Missão conheceu a realidade do Condado de Prince George - Prince George's County. Visitamos o Conselho de Prince George e fomos recebidos pelos Coordenadores destas Equipes que nos falaram um pouco de como se dá a avaliação, os processos de seleção de diretores e professores, etc.




  • Escolas: cada escola destina-se a um segmento ou modalidade, por exemplo, os alunos do equivalente ao Ensino Fundamental I estudam nas Elementary Schools; os alunos do equivalente ao Ensino Fundamental II estudam nas Middle Schools; e os alunos do equivalente ao Ensino Médio estudam nas High Schools. Há também as Special Schools and Centers para os alunos que aqui denominamos especiais (para eles, alunos especiais são em geral os estrangeiros e os alunos que necessitama de reforço/ apresentam dificuldades de aprendizagem). Não há uma proposta/ entendimento educacional que indique a inclusão dos alunos especiais, há alunos em escolas regulares, mas é bem raro, em geral os pais preferem matriculá-los nas escolas especiais. Há também as Charters Schools, que são escolas administradas por ONGs, representações da sociedade civil ou da iniciativa privada, mas financiadas pelo poder público. Direção e professores são da rede pública e o diferencial é o modelo de gestão. Visitamos uma High School e uma Charter School no Condado de Prince George. Visitamos ainda  o Howard B. Owens Science Center (espécie de planetário e centro de ciências municipal) em Prince George e uma High School no Condado de Charles (Charles'County).
"O sistema na prática"

Foram dias muito intensos e para dar conta de apreender o máximo de informações estabelecemos uma rotina diária de reunião. Fazíamos as visitas durante a manhã e à tarde, à noite nos reunimos para discutir o dia presente e planejar o dia seguinte. Foi muito cansativo, mas de aprendizado inigualável!


Faço a seguir uma exposição da percepção do funcionamento prático de alguns aspectos deste sistema a partir da reunião no Departamento, no Conselho e das visitas às Escolas:

Condição geral das escolas visitadas - as escolas são todas enormes, de excelente condição física e mobiliária; há toda sorte de laboratórios; as bibliotecas são fantásticas; a média era de 1500 a 2300 alunos (exceto a Charter School que tinha 300 alunos); havia a figura do Diretor e dos Diretores Assistentes,  o número de Diretores Assistentes podia variar entre 5 ou mais, mas não foi possível entender completamente qual era a regra.

Fotos da Parkdale High School, instalações incluem estúdio de TV que coloca a Diretora no ar todas as manhãs na TV local; sala para aula de culinária (nos prepararam um café da manhã); e um banco (de verdade), onde alunos trabalham/ aprendem e investem.






Seleção de Professores e Diretores - para lecionar, o professor tem que ter uma certificação estadual, similar à prova da ordem da OAB.
Esta certificação tem que ser "renovada", digamos, a cada 5 anos. Isso muda toda a lógica da formação continuada, pois como o professor é o maior interessado em aprimorar-se, em atualizar-se, pois, do contrário, corre o risco de ficar desempregado, minha percepção foi de que o Estado e Condado não têm muitas preocupações com a oferta de cursos de formação continuada, de pós graduação, ou seja, não são propositivos neste aspecto como nós, são os professores que se esforçam para buscar aprimoramento constantemente.
Existe também uma certificação de nível federal, extremamente rigorosa, os professores que possuem esta certificação têm grande respeito no meio. A certificação federal também permite lecionar em qualquer estado (porque nem todos os estados aceitam a certificação de outros estados). Há estados que pagam mais que outros, alguns professores são disputados por estados e podem escolher pelos que pagam mais.

Os Diretores são, antes de tudo mais, servidores, professores certificados que se candidatam à função de Diretores. Eles passam por etapas como apresentação de currículo; prova on line; análise de vídeos (aulas);  proposição de soluções dariam para situações cotidianas da escola, em poucos minutos.

É importante entender que dada a natureza do sistema, a avaliação do profissional é muito natural, até cultural, não sendo bom (teórica e técnicamente) o profissional não se sustentará em sua posição. Desta forma, é comum e natural a observação do desempenho em sala de aula e a correlação entre o desempenho do professor e do aluno.

Bate-papo com professores da Parkdale High School



Avaliação -  Não há um sistema nacional para controlar centralmente a qualidade 
da educação em todo o território, como a nossa Prova Brasil ou SAEB.

Algumas avaliações ...

MAS – Maryland School Assessment 
Participam todas as escolas do estado de Maryland;
Disciplinas avaliadas: Inglês, Matemática, Ciências/Biologia;
Séries avaliadas: 3ª a 8ª (EF), sendo que a prova de Ciências é aplicada 
apenas de 5ª a 8ª série. Todas as (três) disciplinas para a 10ª série;
É censitária;
Devolutivas no site;
Participação média = 95%.

 SAT – Scholastic Aptitude Test

Exame nacional por demanda;
Serve como uma certificação do aluno. Pontuação serve para ingresso nas 
universidades e currículo geral.
SAT I (obrigatório) – Inglês e Matemática
SAT II (cabem escolhas) –  História Americana, História Mundial, Matemática 
(vários níveis), Biologia, Química, Língua Estrangeira, Redação. 

HSA - High School Assessment 
Federal e obrigatório para acesso à universidade.

Avaliações bimestrais 
O Condado possui duas avaliações bimestrais externas (similares ao nosso Saerjinho)

Currículo - Cabe ressaltar que todas as escolas funcionam em horário integral e além das disciplinas obrigatórias, oferecem uma gama de disciplinas eletivas e atividades extra curriculares, como por exemplo, aula no Planetário do Condado ou aulas a distância ou gravadas (presenciamos uma turma tendo aula de japonês com uma professora japonesa que estava no Japão; também presenciamos duas turmas em escolas diferentes tendo aula com a mesma professora de Matemática, para uma das turmas, a aula foi a distância).

Há um currículo mínimo, como o nosso, com foco para a universidade e o mercado do trabalho. Senti que isso é muito forte naquela sociedade, a escola forma para o trabalho e para a academia.

Há um debate nacional em curso em torno da questão curricular. Tenta-se implementar o "K-12", em suma, seria a proposta de um currículo mínimo adotado para as 12 séries e por todos os estados, pois um problema que enfrentam é que recebem alunos de outros estados cujo currículo mínimo não necessariamente se alinha ao daquele estado e vice-versa. Mas percebi que não é consenso nacional a adoção do "K-12", mas já começam a caminhar, 46 estados já o adotaram e ele vem sendo implementado progressivamente.

Alunos da Westlake High School tendo aula de Matemática com colegas de outra escola


Gestão - não há um modelo, uma padronização da gestão. Ao mesmo tempo, a gestão estratégica, planejada, o foco em resultados é cultural e perceptível em todas as unidades.
As salas de aula são dos professores, ou seja, é o aluno quem se muda para a aula daquela disciplina. A sala tem o nome do professor na porta e também em que universidade ele foi formado, há assim destaque à trajetória acadêmica do docente.

Toda escola dá publicidade a sua missão.

Missão da Westlake High School



Laboratório de Informática do Cheasepeake Math and It Charter School, paredes destacam universidades renomadas dos EUA. Nesta escola, cada turma leva o nome de uma universidade




Há acompanhamento bastante proximal das aulas dadas e do desempenho dos alunos tanto por parte das equipes pedagógicas das escolas quanto da equipe do Condado.

Os alunos com dificuldades de aprendizado são identificados e é organizado plano de desenvolvimento para garantir seu avanço.

Há em média 25 a 30 alunos por sala.

Os professores desenvolvem projetos e os alunos também podem apresentar seus projetos e obter financiamento, se aprovados.

O protagonismo do aluno é estimulado e valorizado.

Em nossa cultura social e pedagógica ainda há certa polêmica quando falamos em meritocracia e individuação, mas estes dois temas são forças deste sistema. É natural desejar ser o melhor e atingir a excelência, mais ainda, ser reconhecido por seus feitos.
Os alunos como os gestores perseguem este destaque e ostentam os seus méritos. Um aluno ainda no Ensino Médio (High School) pode destacar-se a ponto de conseguir créditos para a universidade, eliminando disciplinas e economizando dinheiro. Do mesmo modo, quanto mais alunos honoráveis uma determinada escola produzir, mais bolsas, mais investimentos das universidades e reconhecimento ganhará. Todas as escolas em que estivemos se apresentam assim, mostrando quando milhões de dólares conseguiram, ou seja, quantos alunos colocaram nas univerdidades multiplicados pelo valor dos cursos, é um mérito da escola, uma história exitosa. Lembrei muita da nossa variável GIDE,  "Aprovação em curso de nível superior".

Merenda e Transporte - o conceito de escola pública também é cultural, assim há grandes diferenças entre nosso país e este visitado. Não existe gratuidade na merenda e no transporte por exemplo. Vocês dirão, claro, "mas aqui também não", os impostos já pagaram tudo. A diferença que quero destacar é que aqui pagamos tudo para todos indistintamente. Lá só não paga quem não pode, quem pode alguma coisa, paga um percentual possível e quem pode mais, paga por tudo.
Há uma espécie de cartão, como um cartão de débito, mal comparando, que o aluno passa no refeitório nos horários das refeições. As famílias já depositaram naquela conta o valor. Famílias que têm dificuldades estão cadastradas num sistema do governo federal, parecido com o nosso CadÚnico do Bolsa Família. Dependendo do perfil da família naquele cadastro, o governo poderá subsidiar a merenda percentualmente ou totalmente. Contudo, não há exposição, os cartões são todos iguais e o aluno que tem ajuda do governo não fica exposto, o recurso dele já está em sua conta e seu trâmite cotidiano é igual ao dos demais colegas. O mesmo vale para o transporte escolar, os tradicionais ônibus amarelos. O aluno ainda pode escolher levar a sua refeição e ir e vir por meios próprios.
Este aspecto me fez refletir bastante, pois já havia conhecido experiência semelhante quando estive na França e ficamos sempre dizendo que nos EUA e na Europa é tudo maravilhoso, mas há que se considerar que é mais fácil pagar as contas de poucos.

Refeitório da Cheasepeake Math and It Charter School



Além da agenda diretamente relacionada à educação, tivemos uma agenda extensa de encontros com as autoridades do estado. Ficou muito perceptível a posição de potência econômica emergente do Brasil. Todos queriam nos receber bem e queriam se colocar à disposição do país para cooperação em diversas áreas.

Almoço com o "Vice" Secretário de Estado para Política e Assuntos Externos, Rajan Natarajan (ele estava indo encontrar a Dilma em Washington depois do nosso almoço)





Encontro com o Secretário de Estado (similar ao nosso "Casa Civil"), John P. McDonough



Visita à State House, a ALERJ deles. Os parlamentares pararam a sessão para anunciar a presença dos professores da Secretaria de Estado do Rio de Janeiro e nos saudar



Assinatura do Memorando de Entendimento, pelo Subsecretário de Gestão de Ensino Antônio Neto e o Superintendente do Conselho de Educação do Condado de Prince George, William R. Hite, Jr







Almoço com autoridades, políticos e empresários na Corporação de Economia e Desenvolvimento do Condado de Prince George



Visita a National Harbor, futuras instalações da primeira escola de velas dos irmãos Grael fora do Brasil (detalhe, os americaninhos terão aulas em português)




Espero que tenha conseguido atingir o meu objetivo que era compartilhar a experiência e dividir o aprendizado com todos os meus colegas, sobretudo Equipe SEEDUC, IGTs, DRPs, CGIs e demais Equipes das Regionais.

Estou à disposição dos que quiserem maiores informações,

Forte abraço a todos,

ANA VALERIA DA SILVA DANTAS




sábado, 25 de agosto de 2012

IDEB 2011

Secretário destaca conjunto de ações que resultaram na conquista de 11 posições no ranking Ideb

Em um ano, estado saltou da 26ª para 15ª posição


O secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, concedeu, nesta quarta-feira (15/08), entrevista coletiva a imprensa para falar sobre a divulgação do ranking Ideb 2011(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). A rede estadual do Rio de Janeiro subiu, em apenas um ano, 11 posições, saindo da 26ª para a 15ª colocação no Ensino Médio. Foi, ao lado de Goiás, o estado que alcançou o maior número de posições.

- Essa evolução é reflexo de um conjunto de ações sincronizadas. Quando assumimos, em janeiro de 2011, a nossa visão de futuro era ruim. Com o esforço conjunto, além de reverter o quadro, conseguimos alcançar as metas estabelecidas – afirmou o secretário.


 IDEB: Ensino Médio, Rede Estadual
IDEB

Unidades da Federação2005200720092011Posição em relação a 2009
1Santa Catarina3,53,83,74,01
2São Paulo3,33,43,63,94
3Paraná3,33,73,93,7-2
4Minas Gerais3,43,53,63,71
5Goiás2,92,83,13,611
6M. G. do Sul2,83,43,53,51
7Roraima3,23,13,53,52
8Tocantins2,93,13,33,54
9Amazonas2,32,83,23,44
10R. G. do Sul3,43,43,63,4-6
11Ceará3,03,13,43,40
12Rondônia3,03,13,73,3-9
13Acre3,03,33,53,3-5
14Espírito Santo3,13,23,43,3-4
15Rio de Janeiro2,82,82,83,211
16Distrito Federal3,03,23,23,1-2
17Pernambuco2,72,73,03,10
18Mato Grosso2,63,02,93,13
19Amapá2,72,72,83,04
20Maranhão2,42,83,03,0-2
21Bahia2,72,83,13,0-6
22Piauí2,32,52,72,95
23Paraíba2,62,93,02,9-4
24Sergipe2,82,62,92,9-2
25R. G. do Norte2,62,62,82,8-1
26Pará2,62,33,02,8-6
27Alagoas2,82,62,82,6-2
RJPúblico e Privada3,33,23,33,7

BRASIL3,03,23,43,4

Na ocasião, o secretário explicou que a melhoria se deu, principalmente, por causa da evolução da proficiência (indicador que mede a aprendizagem dos alunos). Nesse quesito, o Estado do Rio foi o que mais avançou entre os estados da Federação. Isso se traduz na melhoria da qualidade do serviço prestado aos alunos e, ainda, na redução da desigualdade entre as diversas escolas da rede estadual.

Segundo ele, outro fator que contribuiu para a evolução do estado foi a implantação das avaliações diagnósticas (Saerj e Saerjinho), que fortaleceram a prática pedagógica dos professores.

- As avaliações periódicas nos permitem conhecer as habilidades e competências dos alunos. O nosso desejo é que as famílias se envolvam mais e incentivem a participação dos estudantes – disse Risolia.

“Foi um resultado maravilhoso para uma rede que estava em penúltimo lugar na última avaliação. Conseguimos alcançar as metas estabelecidas no início de 2011, quando implementamos o Planejamento Estratégico da Seeduc”, afirmou o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia.

A melhoria se deu, principalmente, por causa da evolução da proficiência (indicador que mede a aprendizagem dos alunos). Nesse quesito, o Estado do Rio foi o que mais avançou entre os estados da Federação. Isso se traduz na melhoria da qualidade do serviço prestado aos alunos e, ainda, na redução da desigualdade entre as diversas escolas da rede estadual. 


IDEB
Unidades da Federação2005200720092011Variação IDEB 2011-2009
1Goiás2,92,83,13,618%
2Rio de Janeiro2,82,82,83,215%
3Piauí2,32,52,72,910%
4São Paulo3,33,43,63,98%
5Santa Catarina3,53,83,74,06%
6Mato Grosso2,63,02,93,16%
7Amazonas2,32,83,23,45%
8Tocantins2,93,13,33,55%
9Amapá2,72,72,83,05%
10Pernambuco2,72,73,03,13%
11Minas Gerais3,43,53,63,71%
12Roraima3,23,13,53,51%
13Ceará3,03,13,43,40%
14Sergipe2,82,62,92,90%
15R. G. do Norte2,62,62,82,80%
16M. G. do Sul2,83,43,53,5-1%
17Distrito Federal3,03,23,23,1-1%
18Maranhão2,42,83,03,0-1%
19Espírito Santo3,13,23,43,3-2%
20Paraíba2,62,93,02,9-3%
21Bahia2,72,83,13,0-4%
22Acre3,03,33,53,3-5%
23Paraná3,33,73,93,7-6%
24R. G. do Sul3,43,43,63,4-7%
25Alagoas2,82,62,82,6-7%
26Pará2,62,33,02,8-8%
27Rondônia3,03,13,73,3-10%
BRASIL3,03,23,43,40%
RJPúblico e Privada3,33,23,33,712%

Nota média padronizada (IN)
Unidades da Federação2005200720092011Variação IP 2011-2009
1Rio de Janeiro3,833,974,114,376%
2Santa Catarina4,404,564,504,756%
3Distrito Federal4,644,884,344,555%
4Tocantins3,633,783,974,155%
5Goiás3,873,894,194,374%
6Mato Grosso4,004,014,064,224%
7Piauí3,563,553,733,833%
8São Paulo4,164,394,514,622%
9Amazonas3,413,653,974,062%
10Minas Gerais4,524,664,594,662%
11M. G. do Sul4,444,454,834,871%
12Maranhão3,253,613,743,761%
13Pernambuco3,703,723,883,870%
14Roraima4,243,964,304,26-1%
15Amapá3,913,834,084,02-2%
16R. G. do Norte3,613,783,963,88-2%
17Ceará3,974,044,154,06-2%
18Rondônia4,204,234,624,5-3%
19Paraíba3,533,833,993,86-3%
20Sergipe3,963,604,083,89-5%
21Alagoas3,753,513,823,6-6%
22Espírito Santo4,324,114,654,38-6%
23Acre3,874,194,324,06-6%
24Paraná4,414,554,764,46-6%
25R. G. do Sul5,054,835,164,8-7%
26Bahia3,823,974,293,96-8%
27Pará3,633,674,153,74-10%
BRASIL4,064,184,344,32-0,4%


Unidades da Federação2005200720092011Variação IP 2011-2009
1Goiás0,740,730,730,8313%
2Rio de Janeiro0,720,690,680,738%
3Piauí0,650,710,720,777%
4Amapá0,690,690,700,746%
5São Paulo0,790,780,800,845%
6Sergipe0,720,730,700,745%
7Bahia0,710,710,720,755%
8Espírito Santo0,710,770,720,754%
9Pernambuco0,730,720,780,813%
10Amazonas0,670,770,820,843%
11Ceará0,740,770,810,833%
12R. G. do Norte0,720,680,720,732%
13R. G. do Sul0,680,700,710,722%
14Pará0,730,610,730,742%
15Roraima0,770,780,810,822%
16Mato Grosso0,650,750,720,732%
17Acre0,770,800,810,822%
18Paraná0,750,820,820,831%
19Paraíba0,750,760,750,761%
20Santa Catarina0,790,820,830,841%
21Tocantins0,800,830,840,841%
22M. G. do Sul0,640,760,730,730%
23Minas Gerais0,760,760,790,790%
24Alagoas0,740,730,730,72-1%
25Maranhão0,750,780,810,79-2%
26Distrito Federal0,640,660,730,69-6%
27Rondônia0,700,730,800,74-7%
BRASIL0,750,760,780,781%

Para melhorar a qualidade do ensino da rede estadual e, consequentemente, alcançar melhor colocação no ranking do Ideb, a Seeduc colocou em prática diversas ações estratégicas, entre elas a implementação do Currículo Mínimo; aumento do número de alunos em reforço escolar (de 60 mil em dezembro de 2010 para 160 mil em dezembro de 2011); redução da carência de professores (de 12 mil em dezembro de 2010 para 1.000 em dezembro de 2011); implementação de ferramenta de gestão escolar (Gide); processos seletivos para funções estratégicas, como direção de escolas; remuneração variável por metas atingidas; criação de benefícios para os docentes, como auxílio transporte; regularização dos passivos com servidores; redução de gastos na ordem de R$ 165 milhões em 2011; investimento de R$ 120 milhões na infraestrutura das unidades escolares; maior investimento por aluno (de R$ 2.700,00 no final de 2010 para R$ 4.061,00 no final de 2011); formação continuada para os professores (4 mil docentes em 2011 e 7 mil, em 2012); e avaliações diagnósticas bimestrais (Saerjinho).


Indicador de fluxo

No indicador de fluxo escolar, a notícia também é positiva. A rede estadual obteve a segunda melhor variação do Brasil.

“É importante salientar que o avanço no indicador de fluxo se deve, principalmente, à redução do nível de abandono (de 16,5% em 2009 para 14,4% em 2011). Analisando o comportamento da taxa de rendimento divulgada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), percebemos que a variável ‘abandono’ contribuiu com 77% na melhoria da respectiva taxa. Essa notícia também merece ser comemorada, porque investimos na permanência dos alunos com ações de reforço escolar e com o programa Renda Melhor Jovem (benefício destinado a alunos vindos de famílias com renda per capita mensal de R$ 120,00)”, afirmou Risolia.

Outra boa notícia diz respeito ao resultado consolidado das redes pública/privada. A variação de Ideb na rede privada foi negativa em 4% (de 5,7 em 2009 para 5,5 em 2011). Por outro lado, a rede estadual apresentou variação positiva de 15% (de 2,8 em 2009 para 3,2 em 2011), o que fez haver uma melhoria do Ideb total. O estado, no geral, saiu de 3,3 em 2009 para 3,7 em 2011.


 Tanto nos anos iniciais como nos anos finais, melhoramos o Ideb em relação a 2009, que variou 4% e 9%, respectivamente. Nos dois segmentos, o Estado manteve a posição no ranking (17º e 22º), embora o Rio tenha obtido a 8ª melhor variação do Brasil no Ensino Fundamental II. Neste segmento, somente 56% dos Estados cumpriram as metas estabelecidas pelo MEC.

“Isso demonstra que precisamos buscar uma sincronia entre as políticas dos municípios e estados. O desejado é que os municípios tenham um planejamento de longo prazo, com objetivos claros e governança adequada. Vale lembrar que a rede estadual recebe, anualmente, novas matrículas do Ensino Fundamental - que cresce ano a ano -, oriundos das redes municipais que não conseguem oferecer esse segmento. Isso significa dizer que os alunos chegam à rede estadual com elevada defasagem de conteúdo e, ainda, em situação de defasagem idade/série preocupante, o que torna o nosso desafio ainda maior”, analisou Risolia.

No Ensino Fundamental I, a participação do Estado é pouco representativa, pois vem dando terminalidade às séries iniciais.

“A participação da sociedade é fundamental nesse movimento, pois precisa cobrar que as prefeituras trabalhem em sincronia com o Estado. O foco das ações estratégicas precisa ser, sempre, os alunos e professores, que são os atores principais da relação ensino/aprendizagem”, afirmou o secretário.

Fonte: http://www.rj.gov.br/web/seeduc/exibeconteudo?article-id=1045928